O Papa Bento XVI em Auschwitz lançou o brado “Onde estava Deus…?” não em seu próprio nome, mas em nome dos prisioneiros daquele campo de concentração, como atestam as crônicas, mais de uma vez assim bradaram aos céus. O Papa só citou essas palavras para lhes dar a devida resposta, que a imprensa não publicou, a saber:
“Não podemos prescrutar o segredo de Deus… e nos enganamos quando queremos converter-nos em juízes de Deus e da história”.
Na verdade, um Deus que os homens possam criticar não é Deus. Ocorre, porém, que o Criador fez o homem livre e deixa que ele use e abuse da sua liberdade, porque, como diz Santo Agostinho, “Ele nunca permitiria os males dos homens, se Ele não tivesse recursos para tirar dos males bens ainda maiores”. Nem sempre vemos esses bens, embora em alguns casos sejam evidentes. Importa neste contexto enfatizar que o Papa não blasfemou nem fraquejou na fé.
O presente opúsculo apresenta o problema, considera o pano de fundo e destaca a resposta de Bento XVI.